Anamnese odontológica: saiba o que é e como fazê-la corretamente!
Uma boa anamnese é uma das ferramentas que fazem parte de um atendimento de excelência, mas será que você não tem deixado nenhuma informação passar despercebida?
No conteúdo de hoje, vamos conversar sobre o que é a anamnese, sua importância e você vai receber seis dicas de como incorporar uma anamnese completa em sua rotina clínica. Continua com a gente!
O que é anamnese?
Você sabia que a palavra anamnese vem do grego “anamnesis” e significa “lembrança” ou “ato de trazer a mente”? Bom, essa origem pode ajudar a compreender a importância de uma boa anamnese e seu significado.
A anamnese é o ponto de partida para qualquer tratamento odontológico, pois é por meio dela que é possível coletar informações gerais e pessoais do paciente, bem como identificar a condição de saúde do paciente, histórico médico e dentário, uso de medicações que possam interferir no tratamento, presença de alergias, hábitos e dieta.
Mais do que isso, a anamnese também traz a possibilidade de ouvir a queixa do paciente, suas expectativas, sua experiência com tratamentos anteriores, e, após o preenchimento completo da anamnese, é possível realizar um diagnóstico mais assertivo e um plano de tratamento que atenda amplamente às necessidades do seu cliente.
Importância de uma anamnese odontológica completa
Apesar de alguns profissionais negligenciarem a importância de uma anamnese completa, ela se trata da primeira etapa do tratamento, sendo fundamental para um atendimento de qualidade. Afinal, conhecer seu paciente traz o benefício de trabalhar com maior segurança, previsibilidade e aproximação.
Inclusive, diversas situações de emergência dentro do consultório odontológico podem ser evitadas se você conhece previamente a condição de saúde de seu paciente.
Por exemplo, se seu paciente possui determinado problema de coração, essa pode ser uma informação determinante para a condução do caso e verificação de necessidade de antibioticoterapia profilática para diminuir riscos de endocardite bacteriana.
Ou seja, conhecer profundamente seu paciente, parte de uma anamnese realizada com atenção, disposição, escuta e questionamentos. Desse modo, você pode se antecipar às possíveis intercorrências por meio de uma boa conversa.
Mais do que isso, ao compreender a queixa e expectativa de seu paciente durante a anamnese, você pode apresentar melhor o custo-benefício das possibilidades de tratamento e explicar seu passo a passo, para reduzir a ansiedade dele e também reduzir as chances de frustração por não haver entendido adequadamente alguma informação sobre o tratamento proposto.
Por último, mas não menos importante, em casos de processos judiciais, a anamnese completa poderá ser sua aliada, junto ao prontuário, para te proteger. No entanto, uma anamnese incompleta, nesse momento, pode levar um profissional da saúde à condenação.
Como fazer uma anamnese odontológica corretamente
Agora, confira algumas dicas que podem te auxiliar na tarefa de executar corretamente uma anamnese odontológica.
Dica 1: Informações pessoais e de contato
Essa é uma parte da anamnese que pode ser realizada durante o cadastro do paciente, pela secretária da clínica. No entanto, se você não tem a assistência de uma secretária, inicie seu contato com o paciente coletando dados como nome completo, idade, endereço completo, número de contato, profissão, peso e altura.
Pode não parecer tão relevante algumas perguntas, porém todas elas são importantes para você começar a conhecer seu paciente.
Por exemplo, saber o tempo de trabalho que determinado paciente tem em um emprego que o leva a ter alterações posturais em região de ombros e pescoço, pode contribuir no diagnóstico da DTM que ele apresente.
Dica 2: Pergunte o que o leva ao consultório
É por meio dessa pergunta que você vai entender a queixa principal de seu paciente e a história ao redor dessa queixa. Por meio da resposta, você entenderá se o paciente já observou algum problema em casa, se está com dor, se busca por um tratamento estético ou ortodôntico, ou está apenas buscando uma consulta de rotina.
Aproveite essa pergunta para questionar sobre o histórico de tratamentos odontológicos anteriores, se foram bem sucedidos, se ele teve algum problema, se ele se sente bem indo ao dentista, se já tomou anestesia e se houve alguma reação.
Dica 3: Histórico médico e familiar
Como já conversamos, saber sobre a condição de saúde geral do seu paciente pode prevenir uma série de intercorrências durante o atendimento, e até mesmo te ajudar a planejar as consultas de acordo com o que é melhor para ele integralmente.
Buscar pelo histórico de diabetes, problemas renais ou de fígado, problemas de coração, ansiedade e pânico, câncer. Tudo isso norteará melhor sua conduta profissional, bem como o uso contínuo de medicamentos.
Além disso, não se esqueça que saber do histórico familiar também é importante, pois pode pensar em condições genéticas que podem afetar seu paciente.
Busque perguntar tudo isso de forma simples e clara, para que ele entenda o que você está perguntando e explique sobre o quanto dizer é verdade sobre as informações fornecidas.
Em caso de dúvida, solicite uma avaliação médica ou exame que você acredite ser útil para o plano de tratamento.
Dica 4: Hábitos e dieta
Conhecer os hábitos e a dieta do paciente também contribui para um melhor diagnóstico e planejamento do caso. Chupa dedo? Rói as unhas? Interpõe a língua durante a deglutição? Masca chiclete com muita frequência? Passa muito tempo em frente às telas? Dorme pouco?
Tudo isso é muito importante para conhecê-lo melhor, bem como saber sobre sua dieta: Come muitos alimentos à base de carboidratos fermentáveis? Toma muito refrigerante ou suco de limão?
Além disso, dentro de hábitos, você também pode coletar informações sobre a higiene bucal, para saber quantas vezes por dia é realizada a escovação dentária, qual a frequência do uso de fio dental, tipo de escova e pasta utilizada.
E, ainda nesse sentido, procure também saber se seu paciente faz uso de tabaco, álcool ou drogas.
Dica 5: Solicite a assinatura do paciente
Toda informação que você registrar precisa ser confirmada por meio da assinatura do paciente, o que é extremamente importante em casos de processos judiciais. Peça para que ele leia atentamente e tire qualquer dúvida que tiver, antes de assinar.
Dica 6: Reabasteça a anamnese de tempos em tempos
Os hábitos, medicações, problemas de saúde podem mudar ao longo do tempo, por isso de tempos em tempos, confirme se as informações preenchidas na anamnese no primeiro atendimento seguem corretas.
Leia também: Atestado de dentista: Como deve ser feito e quando você pode fornecer!
Conclusão
Agora você se sente pronto para fazer da anamnese completa seu ponto de partida para atendimentos de máxima qualidade?
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