Atualmente, a Ortodontia conta com diversos recursos para auxiliar os profissionais na escolha de seus tratamentos. 

Acessórios mais eficazes, bonitos e eficientes que proporcionem um menor tempo de tratamento e diminuem o tempo clínico do profissional são algumas buscas quando se trata de desenvolvimento de materiais.

No entanto, em muitos casos, o tradicional ainda é fundamental. Com isso, dúvidas podem surgir na escolha dos aparelhos ortodônticos a serem utilizados para cada paciente.

Por isso, trazemos aqui um comparativo entre o aparelho convencional e autoligado, com o intuito de sanar suas dúvidas, de forma que fique tranquilo na escolha do seu trabalho clínico.

Confira as principais diferenças entre os tipos de aparelhos ortodônticos.

Características do aparelho convencional

O aparelho convencional é constituído por brackets metálicos ou estéticos que necessitam de amarração ou ligação através de fios de aço ou ligaduras elásticas (“borrachinhas”), do fio ortodôntico ao corpo do bracket. 

Esse tipo de atrito provoca um maior atrito entre a canaleta e o fio, gerando um desconforto maior ao paciente.

As ligaduras elásticas além de gerar mais atrito, rapidamente se deterioram na boca retendo mais placa bacteriano e comprometendo a estética.

Os atendimentos clínicos para a troca dos dispositivos devem ser realizadas dentro de um período mínimo de 21 dias.

Agora imagine se o seu paciente com a vida corrida de hoje estaria confortável em realizar as famosas “manutenções mensais”?

O sucesso do tratamento com este tipo de dispositivo, está relacionado a uma boa técnica de coagem, tipo de material utilizado o domínio da ciência ortodôntica pelo profissional.

O formato de cada bráquete é de maneira mais robusta, com um design mais retilíneo, o que pode ocasionar lesões na mucosa do paciente. 

Apesar disso, o bráquete convencional pode ter um tamanho maior, se comparado ao aparelho autoligado, sendo mais perceptível na estética e promovendo maior incômodo.

Características do aparelho autoligado

A grande vantagem do aparelho autoligado está relacionada ao menor atrito e tempo de movimentação dentária. 

Esse tipo de aparelho não necessita de ligaduras elásticas, consequentemente tornando seu atendimento clínico mais rápido, sem diminuição da qualidade. 

O acompanhamento da movimentação ortodôntica pode ser realizado em períodos superiores a 30 dias, não comprometendo as atividades mensais do paciente e oferecendo melhor flexibilidade à sua agenda. 

Tudo isso sem comprometer a qualidade do tratamento!

O bráquete possui ainda duas especificações: passiva ou interativa.

Bracket Passivo

No bráquete do tipo passivo, o aprisionamento do fio com o slot é realizado por uma canaleta, não ocorrendo pressão excessiva, permitindo melhor movimentação do fio, distribuindo o movimento sem pressões excessivas ao dente. 

Note que o paciente chegará “sorrindo” em suas consultas por não ter sentido aquela dor provocada pelas manutenções. 

Bracket Interativo 

Já no bráquete do tipo interativo, o clipe para fechamento pressiona o fio contra o slot, permitindo um melhor controle de torque e rotação durante os movimentos dentários.

No entanto, os sistemas podem ser combinados no desenvolvimento de um tratamento híbrido, dependendo da má oclusão de cada paciente. Durante seu diagnóstico, é possível individualizar o tratamento para que tenha a melhor escolha do dispositivo a ser utilizado, garantindo sucesso em seu tratamento ortodôntico.

Manutenção e higienização do aparelho autoligado

Em relação à manutenção da higienização pelo paciente, os aparelhos autoligados permitem que o acúmulo de biofilme seja menor. 

Ligaduras elásticas proporcionam maior retenção de alimentos e microrganismos, que, dependendo da higienização de cada paciente, podem até mesmo comprometer o tratamento, sendo comum casos como inflamação gengival, reabsorção, mau hálito, entre outros.

Ademais, o bráquete autoligado pode ser mais bem aceito pelo paciente, uma vez que possui menor tamanho, a depender do design confeccionado, com melhor estética no sorriso como um todo.

Principais diferenças entre o aparelho convencional e o autoligado

E agora… qual melhor aparelho? 

Confira este comparativo:

Aparelho Convencional:

• Acompanhamento mais próximo da movimentação dentária
• Possibilidade de escolha das cores em ligaduras elásticas pelo paciente
• Forças mais intensas pela interação slot-fio
• Maior retenção de biofilme
• Variação quanto ao sistema de prescrição
• Estética desfavorável
• Possibilidade de lesões na mucosa
• Maior tempo de tratamento ortodôntico

Aparelho Autoligado:

• Estética favorável em relação ao convencional
• Menor dor/pressão durante a movimentação dentária
• Menor tempo clínico
• Maior tempo entre consultas periódicas
• Melhor higienização
• Possibilidade de junção dos sistemas (passivo e interativo)
• Design esteticamente melhor
• Menor possibilidade de atrito com a mucosa

Qual escolher: Aparelho Convencional x Autoligado

Cada tipo de aparelho apresentará especificidades. Depende do profissional diagnosticar quais as necessidades de seu paciente, e, assim, fazer uma escolha confortável dos sistemas.

Hoje, a Ortodontia se apresenta de maneira moderna, com grandes variações das técnicas preconizadas por anos. Dessa forma, temos de nos atualizar quanto ao que é apresentado, até mesmo vindo de seu paciente. 

Com a alta demanda estética, tempo “apertado” na semana durante os compromissos, o aparelho autoligado pode ser uma boa opção para os casos indicados. O design de cada bráquete é mais refinado, estabelecendo um sorriso mais discreto quanto às peças metálicas. 

Entretanto, o tempo de tratamento ortodôntico pode ser diminuído em alguns casos, pois as movimentações ocorrem sem atrito do fio no slot, permitindo uma melhor absorção dos comandos estabelecidos pelo fio quanto à movimentação. 

As consultas podem ser espaçadas, pois a manutenção pode ser realizada em um período superior à 30 dias, como o convencional.

Os tratamentos devem ser feitos de forma individualizada; por isso, cabe ao profissional o melhor diagnóstico, estabelecendo ao seu paciente qual melhor tipo de tratamento.

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