Numeração dentária: o que é e qual número corresponde a cada dente?
A numeração dentária é importante para simplificar e padronizar a forma de se referenciar a determinado dente, de modo que os profissionais consigam se comunicar de maneira concisa e efetiva.
Para entender tudo sobre como os dentes se classificam e são numerados, continue a leitura desse conteúdo!
Quantos dentes temos?
Para responder essa pergunta é preciso levar em conta a qual fase da vida nos referimos, pois a quantidade de dentes de uma criança é diferente da quantidade de dentes de um adulto.
A dentição completa de uma criança se estabelece em torno dos três anos de idade, contando com o total de vinte dentes (dez em cima e dez embaixo). Dentre esses vinte dentes estão: oito incisivos, quatro caninos e oito molares.
Já na fase adulta, a dentição completa possui o total de trinta e dois dentes, no entanto, quatro deles costumam ser extraídos por conta de sua localização e prevenção de problemas (os famosos dentes do siso, formalmente chamados de terceiros molares).
Desse modo, a maioria das pessoas adultas possuem vinte e oito dentes em boca, quando não perderam dentes ao longo da vida por doenças, sendo eles: oito incisivos, quatro caninos, oito pré-molares e oito molares.
Algumas anomalias podem alterar a quantidade natural de dentes que um indivíduo tem. A agenesia, por exemplo, caracteriza a ausência de formação de um dente ou mais, enquanto os dentes supranumerários são dentes que se formam além da série normal.
Pessoas com síndromes genéticas são mais propensas a ter esses tipos de anomalias dentárias, no entanto, não é tão incomum que isso ocorra em indivíduos saudáveis e sem alterações genéticas.
Por fim, talvez um último fato interessante seja que a quantidade de dente que um adulto possui foi se modificando ao longo do tempo. A evolução humana e a mudança de hábitos fizeram com que menos dentes se formassem ao longo do tempo. Uma hipótese que justifica essa mudança é de que antes o Homem precisava de mais dentes para mastigar alimentos com maior dureza e que, à medida que passou a possuir outros hábitos alimentares e a não demandar mais do quarto molar, ele deixou de se formar.
Isso também tem sido observado com o terceiro molar (dente do siso) e, atualmente, ele já não se forma em muitas pessoas. Eis o poder da epigenética!
Classificação dos dentes
Agora que você já compreendeu sobre a variação em relação a quantidade de dentes em fases de vida diferentes, conheça a forma como são classificados.
Anteriores
Os dentes anteriores são assim chamados pois são os que vêm antes, tanto em relação ao seu irrompimento quanto em relação a sua posição, sendo os dentes da frente.
- Incisivos: os incisivos podem ser classificados como centrais ou laterais, inferiores e superiores. Os incisivos centrais inferiores são os primeiros a irromper na cavidade bucal do bebê, durante a dentição decídua, e do adulto, quando a troca de dentes de leite por dentes permanentes se inicia.
- Caninos: os caninos são os dentes que vêm após os incisivos laterais e apresentam um formato mais pontiagudo, contribuindo para rasgar alimentos durante a mastigação. Eles são popularmente conhecidos como “presa” ou “dente do vampiro”.
Dentes posteriores
Na criança, os dentes posteriores são chamados de molares decíduos e correspondem a oito dos vinte dentes que formam sua dentição completa, quatro em cada arco. No entanto, os adultos possuem uma maior quantidade de dentes posteriores em ambos os arcos, correspondendo ao dobro da quantidade que havia na infância.
- Pré-molares: os pré-molares são os dentes que se localizam ao lado dos caninos e antes dos molares e contribuem com a mastigação dos alimentos. Esse é um tipo de dente que está presente apenas na dentição permanente, havendo quatro deles em cada arco, dois de cada lado.
- Molares: os molares são os dentes mais achatados que possuímos e também contribuem na trituração de alimentos mais duros. Como já relatado, a maioria das pessoas têm a formação de primeiro, segundo e terceiro molar em cada lado do arco superior e inferior. No entanto, a maioria realiza a extração dos terceiros molares em função deste ser um dente que costuma gerar mais problemas do que benefícios em função de sua localização, posição e dificuldade de higienização.
Sistemas de numeração dentária
Para facilitar a forma de comunicação entre profissionais, alguns sistemas de numeração dentária foram desenvolvidos ao redor do mundo. Apesar da ideia central ser uma padronização em relação a forma como se referir aos dentes, pode haver diferenças de um sistema para outro.
Numeração FDI
O sistema de numeração FDI separa os dentes por quadrantes:
- Quadrante 1: Superior Direito
- Quadrante 2: Superior Esquerdo
- Quadrante 3: Inferior Esquerdo
- Quadrante 4: Inferior Direito
Deste modo, é citado primeiramente o quadrante e depois o número do dente (de 1 a 8, iniciando do meio para o fundo da boca). Por exemplo: ao referir ao dente 27, é possível compreender que o profissional está se referindo ao segundo molar superior esquerdo.
Nesse sistema, a dentição decídua recebe uma numeração de quadrante diferente da permanente:
- Quadrante 5: Superior Direito
- Quadrante 6: Superior Esquerdo
- Quadrante 7: Inferior Esquerdo
- Quadrante 8: Inferior Direito
Novamente, o primeiro número representa o quadrante e o segundo número o dente. O dente 51 representa, portanto, o incisivo central superior direito, o 61 representa o incisivo central superior esquerdo e assim por diante.
Nomenclatura dentária universal
Enumera de forma consecutiva todos os elementos dentários, de 1 a 32, começando pelo quadrante superior direito. Nesse caso, o número 1 corresponde ao terceiro molar superior direito, o 16 ao superior esquerdo, o 17 ao inferior esquerdo e o 32 ao inferior direito.
Quadrantes de Palmer
Não há um número para indicar o quadrante a que cada dente pertence. Neste sistema, cada dente recebe um número de 1 a 8 a partir do centro da boca e é preciso esclarecer a qual dente pertence. Nesse sistema, os dentes de leite são classificados em números romanos, de I a V, ou letras de “a” a “e”.
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A numeração dentária facilita bastante a comunicação entre profissionais que atuam na Odontologia, seja essa comunicação realizada entre dentistas ou entre dentistas e técnicos. Além disso, é uma ferramenta de anotação muito útil durante o preenchimento de odontograma e índices de cárie ou doença periodontal.
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