A técnica adesiva é a parte essencial da Ortodontia como também da parte restauradora e é um dos procedimentos mais comuns no trabalho realizado diariamente pelo ortodontista. 

A aplicação constante deste material abre as portas para muitas novas abordagens terapêuticas que oferecem a possibilidade de minimizar a perda de braquetes ou também para técnicas terapêuticas de restaurações realizadas pelos dentistas. 

Os sistemas adesivos que permitem isso estão disponíveis no mercado e devem ser considerados relativamente sensíveis à técnica ou protocolo de utilização. 

Somente com uma aplicação correta, na qual toda a equipe do consultório deve participar, o sucesso da técnica adesiva pode ser garantido. É necessário conhecer exatamente os requisitos que devem ser atendidos e identificar as fases do trabalho em que as falhas podem ocorrer, a fim de evitá-las. 

Só assim será possível cimentar os braquetes e restaurações com resultados satisfatórios a longo prazo ou até o final do tratamento ortodôntico.

O que é o adesivo ortodôntico?

Os adesivos ortodônticos são substâncias que permitem a colagem entre o braquete e o dente, especificamente entre a malha fabricada na base do braquete e a face vestibular preparada para receber o material adesivo. 

O objetivo é que entre o dente e o material restaurador ou resina de colagem do braquete funcione com uma unidade, facilitando a finalidade do tratamento de um jeito permanente ou de tempo prolongado.

Assim, o adesivo é imprescindível nas clínicas e na prática ortodôntica, e os avanços na odontologia restauradora ajudaram no desenvolvimento do adesivo ortodôntico específico para colagem de braquetes da ADITEK, o LightBond utilizado para colagem de braquetes tubos e acessórios criando uma união perfeita.

Composição do adesivo ortodôntico

A meados dos anos 80,  se produziu um grande auge dos materiais adesivos com diferentes composições químicas, protagonizaram os de primeira e segunda geração. 

Se somaram os oxalatos aos fosfatos que formaram um sistema de união de uma solução de oxalato férrico, sendo substituída pelo oxalato de alumínio para evitar uma tinção ou coloração no dente. A estabilidade destes adesivos não foi tão satisfatória, existindo sensibilidade pós operatória significativa. 

Os adesivos da terceira geração surgiram no final dos anos 80, eram dois sistemas componentes na qual o mecanismo de união era como a interação com o colágeno da dentina. 

Estes componentes proporcionaram um avanço em comparação aos de primeira e segunda geração, aumentando sua força e diminuindo sua sensibilidade dentro da prática clínica. Além disso, eles se aderiram muito bem a metais e a materiais cerâmicos.

A quarta geração se iniciou no descobrimento da capa “Híbrida”, que é uma capa de fibras de colágeno desorganizadas e expostas por efeito de substâncias que as desorganizam, no caso um ácido  suficientemente forte para o dente, mas nada invasivo para os tecidos circundantes com a gengiva. Por isso esta capa é tão importante, criando um meio para uma união entre material e dente, no caso a resina no braquete e a superfície do dente.

Os sistemas da quinta geração chamados de sistemas de adesão modernos que se caracterizam pela conformação de um componente só, a união entre esmalte, dentina, metais e cerâmicas ocorre de forma mais satisfatória, se trata de adesivos muito mais fácil de manipular e muito compatíveis.

Desde o ano 2000 vem se introduzindo adesivos dentários que não precisam do gravado ácido, pelo menos na superfície da dentina (sexta geração), o objetivo de este sistema é suprimir a etapa do gravado ácido, e, assim, reduzir as fases do preparo para uma ótima união.

A função do adesivo ortodôntico

O sistema adesivo é um conjunto de materiais que permite realizar todos os passos para uma união perfeita, além de preparar a superfície do dente e melhorar o substrato de união, gerar uma adesão química e micromecânica ao dente e, por último, consolidar uma adesão longa e duradouro.

Como aplicar o adesivo ortodôntico

Adesivos de três etapas clínicas (Total Etch Systems).

Se inicia pelo grabado ácido (esmalte e dentina), sendo lavado e secado. A utilização de um agente para a aplicação do adesivo é um passo indispensável.

Adesivos de duas etapas clínicas

Basicamente se baseia como o adesivo de três etapas, mas a diferença principal é que tem que ser aplicado em um meio úmido, evitando que o colágeno da dentina desmineralizada caia, evitando a infiltração incompleta do adesivo. 

Porém, é complicado para o clínico conseguir o grau de umidade ideal, por isto esta técnica é considerada sensível para o profissional.

Adesivos de uma etapa só (Single Step all-in-one)

Esta técnica combina ácido gravador, primer e adesivo em uma fase só. Sua vantagem principal é a fácil aplicação, além de eliminar a limpeza da superfície, que requer logo após de um secador para distribuir uniformemente o produto antes da sua fotopolimerização.

Conclusão

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