Tipos de pacientes no consultório odontológico: você conhece todos?
O dentista, como todo profissional da saúde, atende diariamente todos os tipos de pessoas, com diferentes realidades e personalidades. A relação interpessoal entre profissional e paciente é um fator extremamente importante para a fidelização e, por isso, é interessante conhecer e entender quais são os principais “perfis de pacientes”.
Não se trata de rotulações, mas de aprimoramento da percepção de cada tipo de personalidade para melhor atender a todas. Quer saber mais? O conteúdo de hoje foi preparado para apresentar os diferentes perfis de pacientes no consultório odontológico.
O que são “tipos de pacientes”?
Apesar das pessoas serem muito diferentes umas das outras, algumas características são mais marcantes e conseguir identificar essas características pode auxiliar em uma performance melhor por parte dos profissionais.
Cada pessoa tem uma personalidade, um tipo de receio ou preocupação em relação ao tratamento, bem como um perfil em relação ao seu comportamento quanto ao tratamento. Acontece que a experiência mostra que alguns padrões de comportamento acabam por se repetir mais na rotina odontológica.
Tipos de pacientes no consultório odontológico
Na odontologia, os pacientes podem se comportar de diferentes formas frente ao tratamento. Abaixo você pode conferir alguns desses perfis mais encontrados:
Paciente inseguro
Tudo o que é desconhecido pode gerar medo e inseguranças. No atendimento odontológico também é assim e alguns pacientes podem ter essa insegurança um pouco mais acentuada, o que pode impactar diretamente no tratamento caso isso não seja trabalhado na relação profissional-paciente.
O paciente pode ter inseguranças em relação à anestesia, ao tratamento, aos resultados ou mesmo em relação ao pagamento. Por isso, reconhecer essa característica é oferecer suporte para que ele compreenda que cada etapa do tratamento construirá laços de confiança.
Paciente esclarecido
O paciente esclarecido é, algumas vezes, desafiador, pois geralmente ele comparece à consulta após procurar sobre seu problema no google e redes sociais. Então, ele chega com muito pré-conceitos e acreditando saber tudo sobre o assunto, às vezes mais do que o próprio dentista.
É muito importante estabelecer uma relação de limites com essa personalidade de paciente, visto que isso não pode interferir no diagnóstico do profissional e conduta clínica, muito menos menosprezar seu conhecimento e estudo.
Por outro lado, existem pacientes esclarecidos que realmente conseguem compreender sua própria condição, pois são da área da saúde ou já vivenciaram experiências prévias. Geralmente, a comunicação nesse caso costuma ser melhor e a relação profissional-paciente tende a ter uma ótima comunicação.
Paciente com pouco esclarecimento
É comum que às vezes tenhamos pacientes com menor nível de instrução e maior dificuldade de entendimento de algumas coisas relacionadas ao tratamento. No entanto, isso não deve ser um motivo para que não sejam dadas as explicações sobre o tratamento, ao contrário, é uma razão para reforçar ainda mais a necessidade de se comunicar com o paciente da forma como ele possa compreender o que você precisa explicar. É sempre importante lembrar que a simplicidade pode abrigar muita sabedoria.
Paciente “hipocondríaco”
O paciente hipocondríaco pode apresentar muitas inseguranças sobre o tratamento. Mais do que isso, ele tende a tomar remédios de forma rotineira e, portanto, é preciso estar sempre atento.
Essa atenção é necessária em função de possíveis interações medicamentosas, sobrecarga do organismo e até mesmo porque algumas pessoas hipocondríacas podem ter distorção em relação a autopercepção de seus sintomas, tendendo a exacerbar o problema, o que na rotina clínica precisa ser visto com cautela para que essa condição não afete os diagnósticos odontológicos.
Paciente exigente
Existem diferentes tipos de pacientes exigentes. Aqueles que exigem pontualidade, outros que exigem desconto e parcelamento. Existem aqueles que simplesmente exigem qualidade de atendimento. Nada disso é errado ou negativo.
Um contrato bem elaborado é bastante importante para lidar com as exigências de forma clara. Lembre-se que é preciso haver um equilíbrio entre os direitos e deveres do profissional e paciente, para que a exigência de ambas as partes sejam saudáveis e justas.
Paciente contestador
O paciente contestador pode ser desafiador no dia a dia clínico. Com ele, é ainda mais importante que tudo seja combinado, conversado e registrado, para que as coisas sejam menos contestadas.
É claro que a contestação também precisa ser utilizada, pelo profissional, como uma ferramenta de autoavaliação, afinal, algumas vezes elas podem fazer sentido e em outras, não.
Como atender bem todos os tipos de pacientes?
Viver o dia a dia clínico é conviver com a diversidade, conhecer diferentes histórias de vida e personalidades. Os desafios que surgem pelo caminho são também grandes oportunidades de aprendizado e crescimento. Para atender bem todos os tipos de pacientes é preciso estar empenhado em compreender e respeitar cada personalidade, além de ter jogo de cintura para lidar com os problemas que podem surgir ao longo do caminho.
Colocar limites com educação, acolher as individualidades e buscar por elos de confiança na relação profissional-paciente são atitudes fundamentais para um bom atendimento, para além do procedimento clínico.
Informações simplificadas e claras para os pacientes
O dentista teve toda sua formação com a presença constante de termos técnicos e palavras difíceis, então é comum que na rotina alguns desses termos surjam. No entanto, é extremamente importante que esses conceitos sejam sempre traduzidos na linguagem que o paciente compreenda, simplificando as explicações para que elas possam de fato serem úteis.
De que importa falar bonito e difícil se o paciente não entender? Na verdade, a clareza de informação não é importante apenas para que o paciente esteja sempre ciente de sua condição e tratamento, mas em casos de processos legais é também levado em consideração o quão claro o dentista foi com o paciente, ou seja, a clareza na comunicação é, também, uma proteção.
Proporcionar um ambiente agradável no consultório
Lembre-se sempre da diversidade que cada paciente pode apresentar e promova um ambiente agradável em sua clínica, desde a sala de recepção até o consultório. Detalhes que parecem pequenos podem ser importantes: revistas que abordam diferentes assuntos; música relaxante ao invés de um estilo específico que pode não agradar a todos; neutralidade política, afinal cada paciente pode ter um opinião diferente ao ver alguma manifestação, ainda que sutil.
Além disso, tenha uma equipe treinada para acolher todas as diversidades e que estejam empenhadas na manutenção desse ambiente agradável no consultório.
Personalize o atendimento de acordo com o paciente
Tente conhecer o paciente de forma integral e anotar as particularidades que podem ser exploradas para conferir individualidade ao tratamento, por exemplo, se há tv na sala de atendimento, que tal colocar o que ele escolher? Saber as preferências do cliente é fundamental para uma relação mais agradável e para que ele possa se sentir bem cuidado e acolhido.
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Reconheceu algum paciente nas personalidades descritas? Lembre-se sempre que aceitar as diferenças é fundamental para o crescimento pessoal e, quando se trata de pacientes, profissionais também. As dificuldades que podem ser encontradas nas inter relações nos tornam mais resilientes a cada dia.
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