Alguma vez, você já sentiu seu dente sensível a doce? Se sim, provavelmente parou para pensar sobre qual a razão de alguns alimentos gerarem maior sensibilidade ao dente em função do seu sabor ou temperatura. 

Hoje, preparamos um conteúdo para explicar para você um pouco mais sobre a sensibilidade dentária. Continua com a gente para aprender um pouco mais!

O que é a dor de dente?

O passo inicial para compreender a dor de dente é entender que o dente é formado por algumas estruturas:

Esmalte

É a superfície mais externa que recobre a coroa do dente. É uma estrutura mineralizada e por ser a camada mais externa do dente, é por onde processos de cárie ou desgaste dentário se iniciam. 

Dentina

Abaixo do esmalte temos uma camada de dentina, ela é uma estrutura presente na coroa do dente e na raiz. Possui uma coloração amarelada e é mais espessa que o esmalte do dente. A dentina possui alguns túbulos em sua estrutura que podem levar estímulos até a polpa do dente. 

Tecido pulpar

A polpa dentária é formada por um tecido conjuntivo inervado e vascularizado. É aí que está a inervação responsável por responder aos estímulos por meio da dor. 

Além disso, todos os dentes apresentam um sistema de canais que possuem o tecido pulpar e que se estendem até o final da raiz, a qual é recoberta por uma camada de cemento, no qual fibras estão inseridas (ligamento periodontal), unindo dente ao osso. 

O que causa a dor de dente?

A dor de dente pode estar relacionada a estruturas diferentes. Por exemplo, um dente com desgaste apenas em esmalte pode apresentar sensibilidade à água muito gelada. 

Um dente que está recebendo muita carga durante a mastigação ou bruxismo pode apresentar sobrecarga e apresentar dor devido a uma pericementite traumática. Pessoas com refluxo podem apresentar erosão dentária, que é uma forma de perda de estrutura, e com isso também apresentar maior sensibilidade a alimentos ácidos, doces ou muito gelados. 

A dor de dente também pode estar associada a lesões de cárie ativas, geradas pelo desequilíbrio da microbiota bucal pelo excesso de alimentos ricos em carboidratos fermentáveis e higienização adequada. Ou mesmo surgir após uma fratura ou trinca na coroa do dente. 

E no caso do açúcar?

Fique calmo, o açúcar não é proibido! Apenas é importante encontrar o equilíbrio em relação ao consumo e realizar uma boa higiene bucal. Uma dica interessante é que a melhor forma de ingerir alimentos doces é como uma sobremesa, e após isso realizar a escovação, desse modo você não se expõe diversas vezes ao dia ao açúcar e continua tendo o prazer de comer um docinho de vez em quando. 

E lembre-se, a redução do açúcar não faz bem apenas para sua saúde bucal, mas para sua saúde geral e esse pode ser o primeiro passo para uma vida mais saudável! 

Por que os doces podem causar dor de dente?

Alimentos doces costumam ser ricos em açúcar fermentável, o qual é um substrato para as bactérias presentes na boca, que ao metabolizar o açúcar produzem ácido capaz de desmineralizar o esmalte dentário e dessa forma tornar o dente mais sensível. 

A saliva possui a capacidade de regular o pH bucal e promover, aliada ao flúor, um processo de remineralização dos minerais perdidos quando o pH está ácido, por exemplo após a ingestão de doce. 

No entanto, quando se come doce várias vezes por dia, o pH sofre queda muitas vezes e com isso essa capacidade tampão da saliva fica prejudicada, não sendo capaz de repor todos os minerais perdidos e assim o processo de desmineralização é maior do que a reposição de minerais. 

Com isso, as lesões de cárie podem se desenvolver, podendo atingir esmalte e após a progressão, atingir também a dentina. Quanto maior for a perda de estrutura gerada pelo avanço da cárie ou desgaste dentário, mais sensível o dente pode se tornar à ingestão de açúcar. 

Como prevenir a dor de dente?

Cuidar da saúde bucal com uso de creme dental fluoretado, escovas com cerdas macias e uso de fio dental é o primeiro passo para prevenir problemas que consequentemente levarão à dor de dente. 

Mas, além disso, é extremamente importante estar em dia com a avaliação clínica feita por seu dentista, afinal dessa forma problemas podem ser diagnosticados precocemente, antes de se agravarem. E as orientações necessárias de acordo com seu diagnóstico serão fornecidas corretamente. 

Evitar o consumo frequente de alimentos doces e ácidos pode contribuir para o menor risco à sensibilidade, bem como evitar receitas caseiras para clareamento dentário. 

Alguns recursos terapêuticos poderão ser utilizados para a redução de sensibilidade dentária, como aplicação de flúor, verniz fluoretado, laserterapia, ou mesmo tratamento restaurador da estrutura perdida, no entanto, cada caso deve ser avaliado individualmente para que a abordagem terapêutica seja eficaz. 

Conclusão

Portanto, se você sofre de sensibilidade dentária consulte um profissional e ele poderá compreender qual é o problema e qual será o tratamento mais indicado para você! 

Gostou de aprender sobre a sensibilidade dentária? Então compartilhe com seus amigos e continue com a gente, pois em breve traremos mais conteúdo de qualidade para você!