Escala de cor de dente: como saber se seus dentes estão saudáveis
Será que existe uma cor de dente ideal para todos? Existe uma escala de cor de dente? A vida de Instragram há algum tempo influencia nossa percepção sobre estética e cada vez mais os sorrisos super brancos são divulgados como um padrão de beleza.
Desse modo, a busca por procedimentos odontológicos estéticos tem tido uma alta dentro do mercado odontológico. Afinal, por meio deles é possível modificar cor e formato dos dentes, mudando a percepção estética do paciente.
Mas é importante saber que dentes permanentes naturalmente são mais amarelados que os dentes de leite. Isso porque a espessura de dentina nesses dentes é maior, e com isso tende a apresentar a cor um pouco mais amarelada, especialmente nos caninos, as famosas “presas”.
Se você quer saber um pouco mais sobre isso, continue com a gente. Afinal esse conteúdo vai lhe dar algumas respostas, e mais que isso, lhe explicar que existem variações de coloração dentária para cada pessoa!
Escala de cor de dente: como saber se seus dentes estão saudáveis
Quando o paciente tem a queixa de querer ter um sorriso mais claro, o cirurgião-dentista tende a trabalhar com 4 graduações de cores:
- A — marrom;
- B — amarelo;
- C — acinzentado;
- D — cinza avermelhado.
No entanto, o branco quase nunca é considerado uma cor natural para um sorriso. Mesmo em procedimentos de clareamento, busca-se por um tom mais claro do que o paciente apresenta, porém deve-se respeitar a coloração natural e inicial do próprio paciente, pois nem sempre será possível alcançar o tom que ele sonha, mas o tom palpável.
Qual a cor ideal de um dente saudável?
Como já conversamos nesse artigo, não existe uma cor padrão para todos os dentes que seja considerada ideal ou correta, muito menos a mais saudável.
O que existe é a análise do todo, pois algumas pessoas podem ter todos os dentes escurecidos, porém sem nenhuma doença dentária, enquanto outras podem apresentar um sorriso super branco, no entanto, um dos dentes apresenta escurecimento e isso pode significar um problema.
O que é importante sabermos é que da mesma forma como cada digital muda de uma pessoa para outra, a cor exata de cada sorriso humano também varia muito, e que isso é o natural.
Por isso, cada caso é um caso e nem sempre a coloração mais escurecida indica um problema.
Fatores que podem alterar a cor dos dentes
Primeiramente, é muito importante saber que existem sim alimentos ou bactérias que podem alterar a cor dos dentes e que nesses casos chamamos de manchas extrínsecas.
Estudos mostram que dentre os alimentos que mais podem alterar a coloração dos dentes estão aqueles que possuem corantes. O café, o vinho , chocolate, suco de uva, açaí em excesso, e mesmo alimentos muito ácidos podem deixar os dentes amarelados em função do desgaste erosivo da superfície dos dentes.
Além de outros fatores como o tabagismo ou uso frequente do tabaco por outras formas que não o fumo, pois sabidamente a nicotina é capaz de gerar amarelamento dos dentes.
No entanto, é muito importante ressaltar que essas manchas extrínsecas, especialmente por alimentos pigmentados, podem ser removidas com a escovação regular. Afinal, a maioria das pastas possui um elemento abrasivo, capaz de desgastar superficialmente a superfície dos dentes e remover essas manchas.
No entanto, existem razões patológicas, ou seja, relacionadas a alguma alteração na saúde do dente que também pode alterar sua coloração. Dentre elas estão:
Traumatismo dentário
Quando um dente é traumatizado, ou seja, sofre uma pancada, ele pode sofrer diversas alterações a depender do tamanho do impacto. Diante dessas alterações o dente pode se comportar de diferentes maneiras frente a coloração.
Por exemplo, o dente pode ficar acinzentado por breve período como resultado de uma hemorragia interna no dente, mas logo voltar a sua coloração normal. Ou pode se tornar amarelado, pois após o trauma o dente pode passar a produzir mais dentina. Ou mesmo, o dente pode se tornar cinza ou escurecido, e com outros sinais presentes, indicar a necrose pulpar (“morte do nervo do dente”).
E por fim, o dente também pode apresentar uma cor rósea e indicar que algum processo de reabsorção pulpar está ocorrendo.
Necrose pulpar
O dente também pode ficar acinzentado ou escurecido em função da morte do nervo do dente que ocorreu por uma infecção do canal do dente por bactérias.
Bactérias cromogênicas
São bactérias que por sua simples presença deixam os dentes com um aspecto de sujo, pois elas são bem pretas e costumam gerar manchas na superfície vestibular dos dentes. Nesses casos, limpezas regulares são capazes de controlar o problema.
Uso de sulfato ferroso
O uso desse tipo de medicação também pode alterar a coloração dos dentes.
Cárie dentária
É importante que todos compreendam que a cárie em processo inicial se apresenta como uma mancha branca e que em processos mais crônicos, em forma de cavidades endurecidas e com coloração bem próxima ao marrom escuro e preto.
Alimentos ácidos ou problemas como refluxo e bulimia
Por conta da extrema acidez que essas condições deixam o ambiente bucal, pode ocorrer desgastes dentários generalizados e com isso um aspecto mais amarelado dos dentes.
Como manter os dentes em uma tonalidade saudável
Cuidar da saúde bucal com uso de creme dental fluoretado, escovas com cerdas macias e uso de fio dental é o primeiro passo para prevenir problemas que consequentemente podem levar a alteração da cor do dente.
Além disso, evitar alguns alimentos que sabidamente podem influenciar a coloração dos dentes como excesso de café, chocolate, vinho e alimentos ácidos. Bem como hábitos, como, por exemplo, o de fumar.
Mas, para quem não está contente com dentes amarelados e deseja uma solução minimamente invasiva, atualmente, dois agentes clareadores são considerados seguros para serem indicados e utilizados por cirurgiões-dentistas: peróxido de carbamida e peróxido de hidrogênio.
Eles podem ser usados por meio da técnica caseira, na qual o paciente faz a aplicação, ou por meio da técnica de clareamento de consultório, na qual o cirurgião-dentista faz o procedimento de acordo com as recomendações do fabricante. As duas técnicas podem ser associadas e o que elas têm em comum é que ambas requerem o acompanhamento profissional.
Como funciona?
O procedimento de clareamento se baseia na aplicação de um gel clareador a base de peróxido de hidrogênio ou peróxido de carbamida sobre a estrutura dental que será clareada e de acordo com a técnica escolhida.
A técnica caseira não exclui o profissional, ao contrário, ele é fundamental em diversas etapas como no diagnóstico, planejamento, moldagem, registro da cor, supervisão da moldeira confeccionada, orientações aos pacientes, acompanhamento semanal do clareamento e aplicação de fluorterapia em casos de relato de hipersensibilidade.
Quando o clareamento ocorre no consultório, alguns passos clínicos não são necessários e resultados podem ser mais rápidos, visto que se trabalha também com concentrações maiores dos agentes clareadores.
O peróxido de carbamida é o mais indicado para o clareamento caseiro e é utilizado nas concentrações de 10 a 22%, enquanto o peróxido de hidrogênio é o mais indicado para o clareamento de consultório e é utilizado na concentração de 35%, com proteção dos tecidos moles para evitar lesões, em função de se tratar de um produto corrosivo.
No entanto, é extremamente importante estar em dia com a avaliação clínica feita por seu dentista, afinal dessa forma problemas podem ser diagnosticados precocemente, antes de se gravarem. E as orientações necessárias de acordo com seu diagnóstico serão fornecidas corretamente.
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Conclusão
E aí? Qual é a cor do seu sorriso? Se você gostou desse conteúdo, compartilhe com seus colegas e continue com a Aditek, porque em breve tem mais!