Resina composta: entenda tudo sobre!
Este artigo tem como propósito resolver todas as suas dúvidas sobre resina composta como material restaurador.
O compósito vem em uma consistência semelhante a plasticina, o que permite que ele seja facilmente modelado com espátulas e escovas.
A polimerização ou endurecimento do material é feita por luz halógena e pode funcionar o tempo suficiente para alcançar a forma desejada.
A aplicação é feita em pequenos incrementos de não mais do que 2mm para que eles endureçam corretamente. A consistência inicial do material e a aplicação direta em incrementos permitem que, em muitos casos, não seja necessário preparar o dente depois de removermos as cavidades!
O composto é um material muito estético, tem um ótimo mimetismo que é a propriedade dos materiais de se integrar ao substrato ao qual aderem. Atualmente, tem-se uma ampla gama de compósitos com propriedades diferentes, dependendo do que se quer usar.
O que considera-se estético são aqueles com uma partícula muito pequena que permitem um excelente polimento e acabamento, alcançando um brilho que dura ao longo do tempo.
As casas comerciais fornecem uma ampla gama de cores para reproduzir com precisão o dente que está sendo restaurado. No setor posterior, onde a resistência do material deve ser maior, usa-se compósitos de partículas maiores, pois nessas áreas deve-se colocar a resistência do material antes de suportar a mastigação.
O que é resina composta?
Agora, vamos entender o que são as resinas compostas.
Resinas compostas são os materiais mais utilizados em restaurações diretas e indiretas, seja em dentes anteriores ou posteriores. Elas apresentam componentes orgânicos e inorgânicos que determinam suas forças físicas, mecânicas e óticas.
As restaurações em resina não são um material inerte, no entanto elas sofrem uma degradação com o tempo e irão precisar avaliações periódicas para analisar possíveis infiltrações.
Lembre-se: cabe ao profissional utilizar uma boa técnica de restauração e seguir com os protocolos, seguindo tipo de resina, anatomia e acabamento, para assim preservar ao máximo o remanescente dentário.
Quando usar resina composta?
Resinas compostas para setor anterior ou estéticas
As resinas compostas, também chamadas de compósitos estéticos, são usadas para restaurações dentárias nas quais precisa-se de um resultado estético e um acabamento muito natural.
A principal vantagem dos compósitos estéticos é que eles podem ser polidos para obter um alto brilho duradouro, dessa forma, sendo os mais adequados em odontologia para restaurações estéticas anteriores.
Esses compósitos permitem a modificação da cor, forma e do tamanho do dente sem tanto desgaste. Eles geralmente são compósitos de micropartículas, ou seja, o tamanho das partículas é de cerca de 0,04 mícrons.
Este grupo de compósitos fornece ótimas propriedades estéticas (polimento, translucidez etc.), mas, em contrapartida, propriedades funcionais ruins (suporte para cargas oclusais, resistência ao desgaste, etc.).
Sendo assim, geralmente são indicados para restaurações estéticas no setor anterior.
Resinas compostas universais
Os compósitos universais são projetados para serem usados em restaurações estéticas de dentes das áreas anterior e traseira.
Para se adaptar ao tom do esmalte dentário, esses compósitos estão disponíveis em uma ampla gama de tons. Compósitos universais podem ser encontrados em diferentes formatos, em seringa, cápsula ou fluido e geralmente são compósitos microhíbridos (projetados com partículas maiores e partículas menores, desta forma um material é gerado onde estética e função se unem).
Composições posteriores
O compósito posterior é especialmente adequado para a restauração de peças dentárias na área posterior.
Dessa forma, esses compósitos são projetados levando em consideração a maior pressão de mastigação a que as restaurações subsequentes estão sujeitas e o resultado de sua aplicação é uma restauração dentária muito confiável e duradoura.
Composição das resinas compostas
A composição das resinas compostas é formada por uma matriz orgânica (Bis- Gma) que são monômeros que se ligam uns aos outros através de uma reação de polimerização, uma matriz inorgânica ou partículas de carga (sílica, vidro de bário, zircônio/sílica) que geralmente são minerais que fornecem dureza, resistência e diminuem a contração do material ao endurecimento, essenciais para que não haja vazamentos subsequentes, e por um agente de ligação ou união entre os dois (Silanos).
Classificação das resinas compostas
Os compósitos podem ser classificados de diferentes maneiras com base em:
Uso:
- Restauradores, usados para restaurar os dentes
- Cimento composto, para aderir restaurações indiretas ao dente
Polimerização:
- Fotopolimerizável (endurecido com luz halógena)
- Autopolimerizável (mistura de dois componentes)
- Duplas (ambos combinam)
Tamanho de partícula:
- Macropartículas:
O tamanho das partículas varia de 0,1 a 100 mícrons. Este grupo parou de ser utilizado devido às limitações funcionais e estéticas que apresentava.
- Micropartículas:
O tamanho das partículas é de cerca de 0,04 mícrons, esse grupo de compósitos fornece ótimas propriedades estéticas (polimento, translucidez etc.), mas propriedades funcionais ruins (suporte de cargas oclusais, resistência ao desgaste, etc.), por isso geralmente são indicados para restaurações estéticas no setor anterior.
- Híbridos:
Projetados com partículas maiores e partículas menores, desta forma é gerado uma resina onde estética e função se unem.
- Nanopartículas:
A nanotecnologia tornou possível reduzir ainda mais o tamanho das partículas, surgindo esse tipo de compósito que trouxe melhorias das propriedades físicas e estéticas.
- Nanohíbridos:
Chamamos qualquer compósito nanohíbrido contendo 0,04 um de sílica pirogênica. A contribuição clínica desses compósitos é bastante semelhante à do nanopreenchimento, apenas que o comportamento antes de uma ruptura é mais sutil, mantendo ainda mais brilho e estrutura superficial.
Vantagens e Desvantagens da Resina Composta
Vantagens
As vantagens das restaurações com este tipo de material são muito amplas. Elas podem ser praticamente usadas em todos os tipos de cavidades, desde que um bom isolamento possa ser alcançado e haja estrutura dentária suficiente para obter uma boa retenção.
As vantagens apresentadas pela resina composta são:
- Estética: combinação de cores faz possível a restauração quase “indetectável”
- Conservação do remanescente dentário
- Baixa condutividade térmica
- Menor preparo da cavidade
- Versatilidade: usado tanto para o setor anterior como posterior
- Biocompatibilidade com a estrutura dentária remanescente.
Desvantagens
Por fim, há uma série de contraindicações relativas, como são as grandes restaurações posteriores, onde há que cobrir as cúspides dos molares. Da mesma forma se não houver estrutura dentária suficiente para obter retenção ou em pessoas com alto risco de cáries.
Uma contraindicação absoluta é a falta de controle do campo, pois se isso não for alcançado, a restauração certamente falhará.
As desvantagens apresentadas pela resina composta são:
- Contração pela polimerização
- Material hidrofóbico: cavidade deverá estar totalmente seca para um ótimo resultado
- Diminuição da resistência ao desgaste
- Deformação elástica
- Menos duradouro que uma restauração em amálgama
Na busca por um procedimento mais conservador, econômico e estético, a restauração direta ou indireta com resina composta é a opção mais comum procurada hoje em dia, assim como uma restauração bem-sucedida em pouco tempo, o que, mesmo ao longo dos anos, continua sendo um desafio.
Leia mais dos nossos artigos para maior entendimento dos assuntos do dia a dia e confira o catálogo de produtos da ADITEK!